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Novo Ensino Médio: como funciona e o que muda nas escolas brasileiras

O projeto no Brasil tem sido alvo de intensos debates e críticas por parte de especialistas em educação

Crédito: banco de imagem FREEPIK

O Novo Ensino Médio é uma política educacional brasileira implementada em 2017, com o objetivo de reformar o ensino médio. A lei flexibiliza as disciplinas obrigatórias, permitindo que os alunos escolham algumas matérias opcionais. Além disso, também prevê um aumento gradual na carga horária, com a meta de expandir o ensino em tempo integral. A medida foi aprovada pelo Senado e sancionada pelo Presidente da República em 2017.

O ministro da Educação na época, Mendonça Filho, acreditava que essa reforma ajudaria a combater a evasão escolar. No entanto, críticos argumentam que ela pode prejudicar a qualidade do ensino básico no Brasil.

 

O novo currículo divide o conteúdo do ensino médio em 60% de disciplinas obrigatórias, a serem definidas posteriormente pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e 40% para uma área de interesse escolhida pelo aluno. As escolas têm um prazo para aumentar a carga horária anual e, eventualmente, alcançar o ensino em tempo integral.

 

Precariedade na educação básica

 

Desde sua implementação, o projeto do Novo Ensino Médio no Brasil tem sido alvo de intensos debates e críticas por parte de especialistas em educação. Apresentado como uma proposta de flexibilização e ampliação do currículo, a reforma parece ser mais uma medida precária do que uma solução efetiva para os desafios enfrentados pela educação no país.

 

Uma das principais críticas diz respeito à falta de clareza e definição nas disciplinas obrigatórias. Ao delegar essa definição à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em um momento posterior, a reforma deixa lacunas na estrutura curricular, gerando incerteza quanto ao conteúdo essencial que os estudantes devem adquirir. Essa falta de direcionamento pode resultar em um ensino fragmentado e desigual, comprometendo a formação dos jovens.

 

Outro ponto preocupante é a falta de um planejamento adequado para a implementação do ensino integral. Embora haja a intenção de aumentar gradualmente a carga horária, não há um prazo estipulado para atingir a meta de 1.400 horas anuais. Essa falta de diretrizes claras pode levar a uma aplicação inconsistente da reforma, com algumas escolas oferecendo ensino integral de qualidade e outras incapazes de cumprir as exigências, ampliando ainda mais as desigualdades educacionais.

 

Além disso, críticos argumentam que a reforma do Ensino Médio poderá agravar a precarização da educação básica como um todo no país. Com a ampliação das opções de disciplinas opcionais, há o risco de que escolas menos estruturadas ou com recursos limitados optem por oferecer um leque restrito de escolhas, restringindo ainda mais as oportunidades de aprendizado e formação dos estudantes.

Créditos:

Reportagem: Pedro Diniz Carneiro

Podcast: Pedro Diniz Carneiro

Edição: Bryan Moura, Rayssa Mossatti

Professora responsável: Michelle Raphaelli

Colab

Instagram: @colab.fsfa
 

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