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Os desafios do fazer jornalismo no mundo tecnológico
O resgate do valor do diploma, o combate às fake news e a valorização no mercado são algumas das batalhas dos jornalistas, de acordo com a vice-presidente do SindJoRS, Carla Seabra.

Enquanto o digital encanta, também desperta desconfianças em alguns profissionais
Crédito: Ana Júlia Borges.
No mundo atual, onde a tecnologia e o acesso instantâneo à informação são predominantes, jornalistas estão divididos sobre o futuro da profissão. Enquanto o digital encanta, também desperta desconfianças em alguns profissionais. Para os jornalistas mais experientes, lidar com a era digital pode ser um desafio, enquanto para os mais jovens, essa realidade é comum.
Carla Seabra, editora-chefe da Record TV e vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS, jornalista com mais de 30 anos de carreira, acredita que o jornalismo está passando por uma fase de transição e que a era tecnológica pode ser benéfica no combate às notícias falsas e à desinformação. Durante uma entrevista concedida à Colab, Carla afirmou: "Neste momento de transição, é fundamental que tenhamos consciência de classe para evitar que esse novo mercado engula nossa categoria. Temos importantes batalhas a enfrentar, que só serão vencidas com a união dos jornalistas. A primeira delas é resgatar o valor do nosso diploma; em seguida, combater as fake news com um jornalismo de qualidade; e, por fim, buscar a valorização profissional e tantas outras conquistas".
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Para os jornalistas em geral, a era digital tornou mais fácil a rotina de manter-se informado, já que as informações completas estão literalmente na palma das mãos, em tempo real. A tecnologia proporciona aos estudantes e profissionais experientes a oportunidade de estar em constante evolução, mantendo-se atualizados e se adaptando aos novos meios de comunicação. Carla Seabra aconselha: "Minha principal dica é não perder a disponibilidade para aprender, o que vale para toda a carreira. É essencial permanecer conectado à informação 24 horas por dia. Um jornalista é jornalista em tempo integral. Onde quer que esteja, um olhar atento pode descobrir uma pauta que faça a diferença."
Segundo a jornalista, a expressão "fazer a diferença" é válida, uma vez que a acomodação leva ao estagnamento. Portanto, vontade, proatividade, entusiasmo, dedicação e muita curiosidade são as principais características para o jornalista. Carla Seabra reforça que "o jornalista precisa ser um eterno curioso."

Com o jornalismo digital em evolução, o futuro da profissão está sendo moldado pela tecnologia.
Crédito: Ana Júlia Borges.
Para os jornalistas, a tecnologia pode ser uma aliada. Para os mais jovens, representa a oportunidade de criar novas formas de comunicação. Já para os mais experientes, é a chance de se adaptar e aprender novos caminhos para a informação, sem perder a essência. Com o jornalismo digital em evolução, o futuro da profissão está sendo moldado pela tecnologia.
Créditos:
Reportagem: : Rebeca Bertotti
Fotos: Ana Júlia Borges
Edição: Bryan Moura, Rayssa Mossatti
Professora responsável: Michelle Raphaelli